O
sonho de um jovem de passar em certame público. Essa foi a motivação para que
um empresário de Brasília criasse aulas preparatórias para os concurseiros do
Distrito Federal. Assim surgiu o Cursinho Solidário, que hoje atende,
gratuitamente, mais de 300 pessoas. São alunos que agora enxergam com esperança
uma forma de ingressar na carreira pública.
DICA | TRT DE SÃO PAULO: REVISÃO ATRAVÉS DE QUESTÕES (ACESSE AQUI)
O
empresário e professor Godofredo Gonçalves Filho, 29 anos, foi o primeiro a
lecionar, ao lado de dois professores que apostaram no projeto. Tudo começou
quando um rapaz pediu a ele ajuda para comprar uma apostila preparatória.
Então, o empreendedor decidiu que somente um livro não seria suficiente para
dar o apoio àquela pessoa. Mais do que isso, somente um aluno não seria o
bastante. Godofredo queria beneficiar mais gente.
Havia
um motivo forte para o esforço de dar apoio ao jovem. Era uma forma de o
professor agradecer o acolhimento que Brasília teve com ele — contrariando a
fama de cidade fria e pouco receptiva. Em 2001, aos 19 anos de idade, Godofredo
chegou à capital para realizar o sonho de ingressar em uma faculdade de
administração. “Eu cheguei sem nenhum tostão no bolso, mas a cidade me acolheu
muito bem. Tudo o que eu quis conquistei, desde a minha formação profissional
até a minha carreira”, relata.
Proposta
feita, agora era hora de correr atrás dos alunos. Em uma rede social, Godofredo
anunciou a criação do cursinho. Aos poucos, os interessados foram atrás dele buscando
mais informações. “A ideia inicial era dar aula a pequenas turmas, de no máximo
20 alunos. Só que a procura foi grande”, explicou. Deu certo. No fim de 2012, o
sonho começou a se tornar realidade. E deu chances a estudantes como a
administradora Sheilene Oliveira Campos, 39 anos. Em sua busca por cursos
preparatórios, ela sempre esbarrava no obstáculo de não ter condições de arcar
com os custos de aulas em instituições particulares, ainda mais por estar
desempregada. Até que ela achou o Cursinho Solidário. “A iniciativa é muito
boa. As pessoas carentes têm potencial, porém, as oportunidades só vão para
aqueles que possuem condições. Eu chorei muito quando soube da informação. É um
sonho”, lembra Sheilene.
Esforço
Os
exemplos de alunos que lutam por um emprego estável são muitos. Assim como os
esforços deles. Rogério Ferreira Borges, 40 anos, se desdobra para participar
do curso. Ele é vigilante noturno. Sai do trabalho direto para as aulas. “A
oportunidade é única e exemplar. Hoje, em Brasília, cursinho virou moda, só que
nem todos têm condições de bancar as aulas”, aponta Rogério. Ele não está
errado. Atualmente, os custos com um curso preparatório no módulo básico variam
entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil. Mas os valores podem chegar a quase R$ 4 mil para
pacotes mais completos. O vigilante explicou que já estava economizando para
tentar ingressar em algum cursinho particular, quando viu a oportunidade de
estudar de graça e ainda perto de casa, em Samambaia. Hoje, a iniciativa tem
unidades na cidade e também em Planaltina.
Atualmente,
mais de 30 profissionais se dedicam para ensinar no Curso Solidário. Marisa
Moreira da Silva, 37, foi uma das primeiras professoras voluntárias do projeto.
Ela relata que os alunos são esforçados e comprometidos com a meta de serem
aprovados em um concurso público. “É gratificante ajudar as pessoas a
realizarem sonhos. É um projeto lindo e, se depender de mim, vai continuar
muito atuante.”
Fonte:
Papo de Concurseiro


Exemplo a ser seguido por todo o Brasil!!!
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