O
presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado,
anunciou nesta sexta-feira (12) que a OAB conseguiu o número de assinaturas
suficientes de deputados federais para derrubar o recurso que tramitava contra
o Projeto de Lei 3392/2004 (veja aqui), que estende os honorários de sucumbência para os
advogados que militam na Justiça do Trabalho. Com a iniciativa, a OAB conseguiu
tornar terminativa a votação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara, que havia aprovado o projeto de lei, fazendo com que o projeto
vá diretamente para o Senado Federal, sem necessidade de análise pelo plenário
da Câmara.
Para
Marcus Vinicius, essa foi uma importante conquista da advocacia. "Trata-se de uma vitória obtida a partir
da mobilização dos conselheiros federais da OAB, da Associação Brasileira dos
Advogados Trabalhistas e, em especial, das Comissões de Legislação e de
Acompanhamento Legislativo da OAB Nacional", explicou.
Ainda
na avaliação do presidente da OAB, o trabalhador deve ser tratado como cidadão
de primeira categoria, não devendo o seu advogado receber tratamento diverso em
relação aos profissionais que militam nos demais ramos da Justiça. Atualmente,
os advogados que atuam na Justiça especializada não recebem os honorários de
sucumbência (suportados pela parte perdedora na ação), o que faz com que o
trabalhador se veja obrigado a custear, sozinho, os honorários do advogado.
A
imprescindibilidade do advogado na Justiça Trabalhista e a previsão em lei da
fixação dos honorários sucumbenciais para este profissional, como está previsto
no projeto de lei de autoria da deputada Dra. Clair (PT-PR), é uma luta importante da OAB, destacou Marcus
Vinicius. “Somente a partir dessa declaração de indispensabilidade passará
existir verdadeira paridade de armas na Justiça do Trabalho. Isso porque a
parte mais poderosa no processo, no caso o empregador, sempre vai às audiências,
muito bem representado com o melhor advogado. Se a outra parte comparece em
juízo sem assistência judicial, não há relação de equilíbrio”, explicou.
O
recurso subscrito por 62 deputados (de número 110/11), vinha obstando a
apreciação de modo conclusivo do PL 3392/04 (veja aqui), já aprovado na CCJ da Câmara. Com
a conquista pela OAB de 33 assinaturas de deputados desistindo do recurso por
meio do Requerimento 7506/2013, de autoria do deputado Amauri Teixeira (PT-BA),
o requerimento de envio ao Plenário da Câmara foi derrubado e a matéria será
encaminhada diretamente ao Senado.
Fonte:
Conselho Federal da OAB
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