Uma
pergunta que não cala entre os concurseiros: qual é a melhor estratégia de
estudo? Estudar uma matéria de cada vez ou todas ao mesmo tempo?
Sem
a pretensão da titularidade do monopólio da verdade absoluta, mas pautado pela
convicção firmada com base nos fundamentos a seguir expostos, entendo que é
melhor estudar várias matérias ao mesmo tempo.
Vamos
aos fundamentos.
Primeiramente,
estudar de forma modular, ou seja, estudar uma única matéria de modo a
esgotá-la para, em seguida, passar a outra, tende a ser mais chato do que
variar as matérias.
E
isto pode impactar até mesmo na concentração, uma vez que o novo, que seria a
matéria distinta, em função da variação, pode ter influência até mesmo em
termos dopaminérgicos, isto é, de liberação de dopamina. E dopamina consiste
num neurotransmissor importante para o mecanismo da concentração e atenção.
Não
é de se descartar a possibilidade de que estudando apenas uma única matéria por
vez, e avançando no domínio desta matéria, seja possível haver uma empolgação e
envolvimento maior. Mas aí entra a lógica da subjetividade, ou seja, devemos
considerar que "cada um é cada um". E esta compreensão que nos leva a
questionar as abordagens achistas-universalizantes dos
"especialistas" em preparação para concurso (sem especialização).
Outro
fundamento importante envolve a lógica da neuroplasticidade. Segundo este
conceito, quanto mais o nosso cérebro é demandado, mais tem capacidade de dar
respostas. Neste sentido, estudar matérias diferentes ao mesmo tempo tende a
proporcionar estímulos diferentes às nossas estruturas cognitivas.
Cabe
também destacar que, considerando que construir memórias significa criar redes
neurais, ao estudarmos matérias distintas, tendemos a estar transformando os
conceitos correspondentes em novas redes neurais distintas.
Outro
fundamento para sustentar a ideia de estudar várias matérias ao mesmo tempo,
consiste na possibilidade de avançar de forma equilibrada, inclusive de modo a
fechar todas as matérias do o programa do edital no mesmo momento. Quem segue a
metodologia Tuctor e usa o modelo de grade simultânea, bem como seguindo o que
o sistema estabelece, com toda a certeza matemática terminará todas as matérias
do programa numa mesma semana.
Por
fim, esta concepção também contribui com o desenvolvimento de uma visão
sistêmica do conteúdo do edital, o que é importante nas provas.
Dessa
maneira, não tenho dúvida de que o estudo de todas as matérias ao mesmo tempo
(grade simultânea) é melhor que o estudo sequenciado (grade modular).
Mas
podemos também adotar uma solução híbrida. Isto é, eleger um primeiro bloco de
matérias que, após concluídas, terão seus lugares na grade tomados pelas que
virão na sequência. No vale a pena adotar uma lógica de prejudicialidade e de
relação conceitual. Por exemplo, antes de estudar Direito Administrativo
estudar Direito Constitucional.
De
qualquer forma, mesmo que concorde com os fundamentos apresentados, o mais
importante é que você avalie o que é melhor para você.
Fonte:
CorreioWeb/Rogério Neiva


Muito boa sua dica...
ResponderExcluirConcordo em partes. Explico: quando misturo as matérias, acabo me perdendo, então, prefiro vencer matéria por matéria, fazer exercícios e após pular para outra matéria. Retorno na matéria anterior somente para corrigir e reforçar os erros obtidos nos exercícios. Mas, como você mesmo disse, cada um escolhe a forma que melhor se encaixa em seu perfil. De qualquer forma, valeu pelas dicas.
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