Esta
edição tratarei sobre um assunto bastante interessante e polêmico: o
"chute" - consciente - em provas e concursos. E, para começar, vamos
falar sobre sua atitude diante de uma questão que não se sabe e, quanto a isso
saiba: tensão, nervosismo ou desespero, não adiantam de nada. A primeira
atitude é comprometer-se a estudar, com mais empenho, para não passar novamente
por isso. O "chute" não é uma ciência exata e não substitui a
preparação, é apenas uma alternativa para, na falta do conhecimento necessário,
arriscar uma resolução. E, claro, o "chute", por mais consciente que
seja, não substitui o estudo. Além disso, nem sempre a resposta certa será
aquela que a "técnica do chute" indicar.
Dito
isso, o candidato bem preparado deve estar preparado também para
"chutar" bem e, o primeiro passo é saber quando chutar, já que
existem provas em que é mais vantajoso deixar a questão que não se sabe em
branco.
Ao
longo das páginas apresentarei algumas práticas e comportamentos que podem ser
a diferença entre aquele ponto a mais e "ficar por uma". Mas a
principal dica é: não dependa de técnicas de chute. Estude com afinco,
prepare-se da melhor maneira possível e lembre-se que na preparação para os
concursos, quanto mais você treinar, fizer questões e conhecer a matéria, mais
fácil será a prova e mais gols você fará, com menos "chutes".
Dicas
-
As bancas dificilmente colocam assuntos muito controvertidos, salvo se
especificado na bibliografia. Assim, esteja em dia com o que predomina no
estudo da disciplina e, principalmente, com as referências bibliográficas
feitas pela banca.
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Como o trabalho da banca é selecionar quem sabe o certo, a tendência é que
repita mais vezes a resposta certa dentro da questão, pois senão estará
facilitando muito para o candidato.
-
Ao eliminar alternativas, repare que duas ou três hipóteses costumam ser
absurdas. Se você as eliminar antes de chutar, sua probabilidade de acerto
sobe. Tudo que atenta contra a lógica, os princípios e o bom senso, tende a
estar errado.
-
Apesar de raro, é sempre possível que o examinador mude seu modo de fazer
questões. Não se fie totalmente nas técnicas de chute, conheça a matéria.
-
A tendência natural é a de que sempre existam exceções e ressalvas. Sendo
assim, quando você estiver em dúvida, deve eliminar as alternativas que não
abram espaço para exceções, com palavras como "nunca",
"sempre", "sem exceções", "jamais" etc.
-
Como a letra "A" é a primeira opção, a tendência é de que o
examinador não goste de colocar a resposta certa logo de saída.
-
A cara do cartão de resposta é importante O examinador também tende a não
colocar todas as respostas em uma mesma letra. Logo, se estiver em dúvida entre
alguma letra marque aquela que não está sendo repetida. É claro que esse
recurso é o último dos últimos e também depende das outras respostas estarem
corretas.
-
Chute é uma questão de probabilidade, mas não é uma garantia de acerto.
Utilize-o com moderação.
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"Chutar" é, para quem conhece as técnicas, uma atividade tão
inteligente quanto estudar e responder. O candidato bem preparado deve estar
preparado também para "chutar" bem.
* William
Douglas é juiz federal com mestrado em Direito e pós-graduação em Políticas
Públicas e Governo. Atua também como professor em cursos de extensão e
preparatórios.
Fonte:
CorreioWeb/William Douglas


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