Ainda
não conseguiu passar em concurso? Descubra o motivo.
Muitos
candidatos enfrentam o mesmo drama de um internauta que fez mais de 20
concursos públicos em 3 anos e ainda não conseguiu ser aprovado em nenhum.
"Em
setembro de 2011 pedi demissão de um grande banco brasileiro, onde exercia o
cargo de gerente de relacionamento, para estudar para concurso. Minha esposa já
é concursada, está grávida e estou na batalha há quase 3 anos. Já fiz mais de
20 mil questões, quase 25 concursos e não consegui classificação. As pressões
externas e a sensação de fracasso são o que mais pesa atualmente, e minhas
forças e vontades já não são mais as mesmas. Estou realmente pensando em
desistir, pois eu mesmo não estou conseguindo mais me motivar. A fila anda...
Mas a minha vez não chega. O que faço?", relatou.
Todos
sabem que o projeto requer persistência. Aprender os conteúdos e saber fazer as
provas não acontece de uma hora para outra. Mesmo no caso de concursos mais
complexos, uma pessoa que estuda corretamente pode levar anos para conseguir a
aprovação, mas não muitos.
Quando
a fila anda e a sua vez não chega, é preciso ter bom senso: você está mesmo
evoluindo? Consegue avaliar o que está dando certo e errado na preparação?
De
maneira geral, o problema está relacionado ao uso do tempo. A relação
custo-benefício tem de ser muito bem cuidada, para que o candidato não fique
patinando, em vez de caminhar para a linha de chegada. Veja a seguir os motivos
que podem impedir a aprovação.
1)
Falta de foco na hora de estudar
Sem
uma rotina, o rendimento fica prejudicado. É preciso ter foco para cumprir o
plano de estudos. Desligue a televisão e o computador, e coloque o celular no
modo silencioso. Se alguém telefonar, evite atender ou diga que retorna depois.
Aos poucos, você se acostuma – e os outros também.
Se
acontecer algo inadiável que atrase o início do estudo, não deixe para começar
no dia seguinte. Comece atrasado mesmo. Se for possível repor o horário
perdido, ótimo. Senão, faça um turno menor, mas estude. Resumindo: decida,
planeje e cumpra "cegamente". Não deixe os estudos para daqui a pouco
ou para amanhã.
2)
Questionamentos eternos
A
internet é uma excelente fonte de informações, se bem utilizada. Mas há
candidatos que se perdem, buscando o material perfeito, a técnica perfeita de
estudo, o link “fantástico” com dicas. Isso ocupa um tempo enorme e alimenta a
sensação de que sempre falta alguma coisa.
É
preferível qualquer estudo, mesmo que não seja com o material perfeito ou com o
método perfeito (que, aliás, não existem), do que estudo nenhum.
3)
Falta de objetividade
Tem
gente que quer aprofundar demais os conteúdos, desde o início, porque nunca
acredita que aprendeu o suficiente. Também procura deduzir todas as fórmulas e
conhecer a origem dos conceitos. Assim, perde-se em uma infinidade de materiais
ou em resumos intermináveis. O estudo não avança e a pessoa nunca chega a saber
o mais importante de todas as disciplinas.
Não
estou dizendo que basta decorar as informações. Já foi o tempo em que as provas
exigiam somente boa memória. No entanto, não é preciso saber tudo de tudo para
ser aprovado. Concurso público não é tese de mestrado ou doutorado, não é
pesquisa. Na prova, o importante é marcar a opção certa.
Para
isso, basta saber bem os principais conteúdos. Aprofundar é algo que vem com o
tempo, numa etapa posterior da preparação, e não no início.
4)
Ficar preso em “nós” no conteúdo
Pode
acontecer de um assunto isolado ser tão difícil de compreender que é melhor
simplesmente deixar para lá. Não adianta gastar um tempo enorme tentando
entender um ponto muito difícil, desde que não seja base para a compreensão do
que vem a seguir. No futuro, talvez seja possível desatar aquele nó específico.
5)
Problemas no ritmo de estudos
Eu
gosto da analogia da preparação para concurso com a maratona. E sempre digo que
é preciso iniciar devagar e manter um ritmo equilibrado e contínuo. Mas há dois
aspectos aí que precisam ser cuidados. O ritmo muito lento é aceitável no
início, enquanto o candidato se adapta à nova rotina, organiza a vida e trava
os primeiros contatos com as matérias. Depois de algum tempo, é importante que
o estudo “ganhe corpo”, ou seja, que o ritmo fique mais forte, para que os
resultados possam ser percebidos.
Isso
gera uma reação positiva, e realimenta a motivação para manter ou até
intensificar (se for possível) o passo. O inverso pode causar desânimo, porque
a pessoa se esforça, mas nunca chega a perceber resultado no seu patamar de
conhecimento. E esforço sem resultado leva à decepção. Daí para a desistência é
um pulo.
6)
Não acelerar no final
Mesmo
depois de construído um ritmo forte de estudo, é preciso saber ainda apertar a
tecla “turbo” quando sai um bom edital. Nesse momento, pode ser preciso um
ritmo fortíssimo de estudo, abrindo mão de quase tudo o que não seja estudo
(mas preservando a saúde).
Isso
porque há alguma novidade no edital e, por mais bem preparado que o candidato
esteja, será necessário fazer ajustes finais. E, no mínimo, revisar tudo o que
já sabe durante as poucas semanas até o dia da prova.
7)
Não saber quando fazer as provas
Não
adianta querer fazer uma prova antes de ter visto minimamente os conteúdos que
serão cobrados. Nesse caso, os dois meses entre o edital e a prova que o
candidato vai usar estudando matérias específicas para aquele concurso (com
pouquíssimas chances de aprovação) poderiam ser aproveitados para estudar
melhor as disciplinas básicas e ter chances maiores no concurso seguinte.
Por
outro lado, há pessoas que se preparam com bastante antecedência, mas quando
sai um bom edital passam sempre por algum problema e abandonam o estudo por um
tempo. O problema é real, claro, mas não seria impedimento suficiente para a
pessoa desistir do projeto. Isso dá a impressão de ser autossabotagem, por medo
de lidar com a possibilidade de fracasso (ou de sucesso também).
8)
Trocar constantemente de área
Como
as pessoas são diferentes, há o inverso: aqueles que querem fazer todas as
provas e trocam de foco o tempo todo. Com isso, não investem todos os esforços
numa só área nem aproveitam o conhecimento de um concurso para outro. Do mesmo
jeito, não são aprovados.
Tem
gente que sabe muito, mas não consegue ter um bom aproveitamento na hora da
prova. Pode ser por fatores emocionais, falta de estratégia de distribuição de
tempo ou de atenção aos enunciados. Alguns candidatos tentam a sorte sem nunca
ter resolvido em casa uma prova da mesma banca para conhecer o estilo de
questões.
Qualquer
que seja o motivo, há solução. É preciso identificar a causa para poder aparar
a aresta. Há ainda quem vai para a prova querendo “brigar” com a banca.
Normalmente, são candidatos que têm bom conhecimento, mas gastam suas forças
querendo provar que a banca examinadora está errada, que as questões foram mal
formuladas.
É
possível até que tenham razão, mas a melhor conduta, no caso, é tentar entrar
na lógica do examinador e marcar a resposta de acordo com o gabarito. Só isso
levará à aprovação. Qualquer coisa diferente disso é vaidade infrutífera.
10)
Falta de avaliação sobre o desempenho
O
resultado de uma prova, mesmo quando não garante a aprovação, é muito
importante para o projeto. Avaliar corretamente a pontuação, vendo em quais
disciplinas você foi bem e em quais não foi – e o porquê –, oferece um rico
indicador para a correção da estratégia.
Para
muitos candidatos existe a ilusão de que acertar algo em torno de 50% e 60% é
um bom resultado e que, com um pouco mais de estudo, a aprovação estará
garantida. Na verdade, esse percentual de acerto é um resultado que se pode
conseguir mesmo sem estudo algum, uma questão de probabilidade.
Ou
seja, falta praticamente tudo. Não digo isso para desanimar o candidato, mas
para que ele possa ter senso de realidade e construir metas concretas para
atingir o objetivo desejado. Sem isso, a aprovação não chegará.
11)
Descuido com pontos fracos
Seja
antes do primeiro concurso ou após a prova, o candidato precisa cuidar dos
pontos fracos. Não é necessário saber tudo de cada matéria, mas é ruim ficar
vulnerável numa disciplina, porque há editais que exigem um mínimo por matéria
isolada. Aí não haverá escapatória. E sempre é possível melhorar o desempenho
numa disciplina, seja por meio de exercícios e resolução de provas anteriores.
Se
a dificuldade ainda for de compreensão, vale estudar novamente a teoria desde o
início com outro professor ou utilizando um novo material.
12)
Abandono dos pontos fortes
Ao
contrário do que muita gente pensa, se o candidato é muito bom em alguma
matéria, não deve abandoná-la, porque o que era conhecido pode cair no
esquecimento. É importante manter a excelência naquela disciplina e, se
possível, ficar melhor ainda, para garantir um diferencial na hora da prova.
13)
A um passo da vitória
Se
você leu os itens anteriores com total isenção e chegou à conclusão de que está
fazendo tudo certo, apenas por garantia observe se os seus resultados estão
melhorando a cada concurso feito.
Se
a resposta for positiva, ótimo. Siga adiante porque a aprovação deve estar a
poucos passos.
Fonte:
qualconcurso.com.br


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