No
dia 5 de outubro, próximo domingo, os brasileiros irão às urnas para definir
seus representantes federais e estaduais nos campos Executivo e Legislativo.
Caberá a você, eleitor, a responsabilidade de escolher os nomes que ocuparão
alguns dos principais cargos públicos do país pelos próximos anos. Com isso,
cresce a expectativa dos brasileiros em geral. E dos concurseiros e servidores
públicos, em particular, no que se refere a possíveis mudanças na administração
pública, caso novas frentes assumam o poder - ou mesmo na hipótese de que
candidatos sejam reeleitos. A FOLHA DIRIGIDA conversou com alunas da turma de
INSS, no Rio de Janeiro. O concurso, para o cargo de técnico, que exige o nível
médio (leia mais AQUI), é um dos mais aguardados do país. O pedido já foi feito
ao Planejamento. A expectativa é de que a autorização seja concedida ainda este
ano, com lançamento do edital em 2015. Mas, após as eleições, será que tudo o
que está previsto vai mesmo se cumprir? No que tange à política de concursos, o
que ficará? O que mudará? Afinal, o que elas esperam de seus próximos
governantes?
Uma
das preocupações mais recorrentes é em relação à quantidade de vagas abertas -
e se elas serão mesmo totalmente preenchidas pelos candidatos aprovados. São
frequentes, aqui mesmo na FOLHA DIRIGIDA Online, as queixas de candidatos sobre
a não convocação de classificados... E também sobre a realização de seleções
para a formação de cadastro de reserva - sem garantias de posse nos cargos em
oferta. Esse é um ponto, alegam nossas entrevistadas, que precisa mudar. Para a
aluna Vanessa Sant'anna, de 33 anos, que já foi aprovada em um concurso da
Caixa Econômica Federal, mas não foi convocada para ingressar no banco, é
preciso que os órgão do governo, a partir de pressão a ser exercida por este,
especifiquem, exatamente, onde e quantas vagas serão assumidas pelos candidatos
aprovados. "Acho que o governo deve ter uma preocupação no sentido de
colocar à disposição a quantidade de vagas para as quais, de fato, as pessoas
serão chamadas. E isso não vem acontecendo. Eu fiz o concurso da Caixa e fui
aprovada. Estudei bastante, abri mão de muita coisa para poder passar no
concurso e o que acontece é que, até o momento, apenas 48 pessoas, em uma lista
de 900, foram chamadas. Por isso, deve ser feito um estudo para ver a
necessidade real de cada órgão e não abrir à toa um número enorme - e irreal -
de oportunidades", contou a aluna.
Durante
a conversa, a FOLHA DIRIGIDA propôs às alunas que se imaginassem assumindo a
Presidência da República ou o governo do Estado, e contassem, a partir desta
colocação, quais seriam seus planos e ações que tomariam na esfera da carreira
pública. Com as respostas, foi possível observar um consenso entre elas de que
é preciso, antes de qualquer coisa, fiscalizar como estão os trabalhos nas
áreas públicas e fazer uma varredura onde for necessário. Com essa medida,
segundo as alunas, seria possível identificar quem realmente está trabalhando -
e identificar a minoria que usa de artifícios para faltar ao seu compromisso
profissional. Além disso, a qualificação do servidor público também foi citada
como parte fundamental. Para a concurseira Carolina Davis, 27 anos, passar na
prova de um determinado concurso não garante que a pessoa esteja totalmente
preparada para trabalhar naquela função. "Deve haver uma qualificação
constante. Não é porque a pessoa passou na prova que ela está qualificada para
realizar aquele determinado serviço o resto da vida. Principalmente nas áreas
de atendimento ao público, que em nosso cotidiano podemos ver pessoas que
atendem mal aos clientes. Além do mais, a qualificação dos funcionários deveria
ser dever do Estado, poderia estimular mais o funcionário público, ajudando a
acabar de vez com esse mito de que ele não faz nada, não trabalha", disse
Carolina.
Por
fim, as alunas debateram sobre o cuidado que se deve ter na escolha de
organizadoras dos concursos - outro ponto crítico, alvo de muitas queixas de
candidatos de concurso, sobretudo nas esferas estaduais. A má escolha, quase
sempre, acaba em saraivadas de denúncias de irregularidades ou fraudes, tendo
como consequência a suspensão temporária ou mesmo a anulação do certame por
completo - ou de alguma de suas fases. Daniele Alves, de 34 anos, sugeriu que
fosse feito um sistema de classificação também das organizadoras, uma espécie
de ranking, para que as instituições e órgãos públicos encontrassem, com mais
facilidade e segurança, a melhor opção para gerir seus concursos. "Com
certeza deve ser redobrado o cuidado neste campo. Eu faria uma lista com as
organizadoras que não têm histórico de fraudes, que evitam erros ortográficos e
outras falhas tão comuns, que ainda vemos por aí. Acho que fazendo essa
classificação, pública e transparente, seria menos arriscado o processo de
escolha das bancas, sobretudo naqueles concursos de peso, que mobilizam
milhares de concorrentes", afirmou Daniele.
E
você, concurseiro, que nos leu até aqui? O que espera em termos de política de
concursos e valorização da carreira pública para os próximos anos? Dê aqui a
sua opinião!
Fonte:
Folha Dirigida/Bruno Souza


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