Uma
significativa alteração do artigo 791 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) foi aprovada na última semana na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do
Senado Federal. O Projeto de Lei Complementar nº 33/2013 estabelece a
obrigatoriedade da presença de advogado para acompanhamento de ações
trabalhistas. Há previsão, ainda, de critérios para fixação de honorários
advocatícios e periciais na Justiça do Trabalho. Atualmente, as partes podem
ajuizar reclamação trabalhista diretamente, sem a intervenção do profissional –
é o chamado jus postulandi.
O
PLC 33/2013, de autoria da ex-deputada federal Dra. Clair teve origem na Câmara
dos Deputados. No Senado Federal, após aprovação da CAS, o texto segue para
análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pode ser debatido também
pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a requerimento do senador Humberto
Costa (PT-PE), que pretende ver a questão discutida por segmentos do governo,
sociedade civil e advogados. O parlamentar entende que o valor baixo de algumas
ações trabalhistas pode inviabilizar a contratação de advogado pela parte.
De
acordo com a proposta, o trabalhador poderá também ser representado em juízo
pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública da União. A única hipótese
de dispensa do advogado será para aquele que, habilitado profissionalmente,
estiver atuando na Justiça do Trabalho em causa própria, ou seja, nas ações que
for parte.
Honorários
A
proposta determina que na sentença (decisão de primeiro grau) será fixada a
condenação da parte vencida ao pagamento de honorários de sucumbência ao
advogado, mesmo que seja a Fazenda Pública. A remuneração, na base de 10% a 20%
sobre o valor da condenação, levará em conta o grau de zelo do profissional,
local da prestação do serviço, natureza e a importância da causa, o trabalho
realizado pelo profissional e o tempo exigido para seu serviço.
O
demandante que declarar não possuir condições de demandar sem prejuízo do
próprio sustento ou de sua família ficará livre da condenação em honorários
advocatícios, desde que tenha sido declarado beneficiário da justiça gratuita.
Nessa situação, os honorários advocatícios, pagos pelo vencido, serão
revertidos a favor do advogado da parte vencedora.
Nas
causas em que a parte estiver assistida por sindicato de classe, (artigos 14 a
20 da Lei nº 5.584/70 e artigo 4º, parágrafo 1º, da Lei nº 1.060/50), a
condenação nos honorários advocatícios não a atingirá. Nesses casos, a verba
será por meio da conta das dotações orçamentárias dos Tribunais.
Para
as causas sem valor econômico, que não atinjam o valor de alçada ou não houver
condenação, os honorários dos advogados, peritos, tradutores, intérpretes e
outros sempre serão fixados pelo Juiz.
A
PLC 33/2013 propõe, ainda, critérios para fixação de honorários dos peritos,
tradutores, intérpretes e outros necessários ao andamento processual. O valor
será estabelecido pelo juiz que deverá considerar as peculiaridades do
trabalho, considerando critérios de razoabilidade e proporcionalidade.
De
acordo com o relator da matéria, senador Jayme Campos (DEM-MT), a alteração da
legislação atual se justifica em razão de a ausência de advogado criar
prejuízos ao trabalhador.
Fonte:
CSJT


Acho que tudo isso é pra dar resposta ao PJE sendo adotado nos TRTs.
ResponderExcluirSem assinatura digital, o jus postulandi já estava "banido" há tempo da justiça do trabalho.
Isso já está valendo? Já pode cair em prova?
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