A
presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira, dia 9, a lei que
estabelece 20% de cotas para negros e pardos em concursos públicos federais. A
sanção será válida a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU)
desta terça, dia 10, passando a vigorar de imediato e inicialmente, por dez
anos. Após esse período, a política de cotas será reavaliada como um todo,
prevê o projeto. Durante a cerimônia em que sancionou a lei, a presidente Dilma
disse que o sistema que está sendo implantado “assegura que o mérito continua a
ser condição necessária para ingresso dos candidatos”, sendo que a lei altera
“apenas a ordem de classificação, privilegiando os candidatos negros”. Ela
disse esperar que a medida sirva de exemplo para a adoção de normas similares
nos demais Poderes, entes federados e na iniciativa privada.
O
Projeto de Lei 6738/13, originário do poder executivo em 2013, foi aprovado
pelo Senado no último dia 20 e prevê que os classificados tenham reservados
cargos efetivos na administração pública federal, autarquias, fundações e empresas públicas,
além de sociedades de economia mista controladas pela União. O texto estabelece
que poderão concorrer os que se autodeclararem negros ou pardos no ato da
inscrição no concurso, segundo quesitos do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Os candidatos irão concorrer em duas listas, uma de ampla
concorrência e a reservada. Caso o concorrente negro esteja classificado no
número de vagas oferecido no edital, ele será convocado pela lista de ampla
concorrência e a vaga reservada será ocupada pelo próximo aprovado negro na
lista de classificação.
Por
outro lado, o projeto também prevê punições, caso seja constatada falsidade na
declaração e reserva não se aplica aos concursos cujos editais tenham sido
publicados antes da vigência da lei. Após dez anos, a lei de inserção dos
negros no serviço público será debatida e avaliada em seus impactos e resultados
sociais. A presidente Dilma Rousseff, que sempre sinalizou ser favorável à
proposta, assinou a lei na abertura da III Conferência Nacional de Promoção da
Igualdade Racial, realizada em Brasília, de 5 a 7 de novembro do ano passado.
Na ocasião, Rousseff anunciou o envio do projeto para a Câmara em regime de
urgência, e assim tramitou por seis meses, até sua assinatura nesta segunda,
dia 9.
Fonte:
Folha Dirigida
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